ESTUDO 16:
NO CATIVEIRO – Um Deus soberano, um Deus de propósitos:
I- História:
O povo judeu foi sendo levado cativo para Babilônia, aos poucos, pelo rei Nabucodonosor. Em 606 a.C. foi a primeira deportação, onde levara os nobres, inclusive Daniel.
Ali o povo participou das mais diversas atividades. Daniel e outros estiveram entre os reis, aconselhando, interpretando sonhos, e até governando. Outros foram construtores de muros e casas – eram trabalhadores dos mais simples aos mais altos cargos. Muitos foram deixados em Jerusalém cultivando a terra. (II Reis 25:11-12)
Esses setenta anos de História não foi um tempo de abandono, mas um rico tempo, em que aprendemos muito sobre o nosso Deus. Especialmente, como Ele intervém soberanamente sobre as nações e sobre as particularidades da vida de seu povo.
II- Culto/Religiosidade:
O templo de Jerusalém era “o lugar sagrado” para os judeus. Era o lugar de adoração, onde o povo oferecia sacrifícios a Deus, ouvia e estudava a Torah (Pentateuco).
Havia entre os judeus um orgulho patriótico e religioso. Eles entendiam que só deles era a Revelação; só eles tinham o Livro Sagrado, só a eles estava prometido o Messias.
Eles ainda não tinham entendido que eles – a descendência de Abraão haveriam de “ abençoar todas as famílias da terra.” – Gênesis 12
Deus os colocou numa terra pagã, (a Babilônia) onde se adoravam outros deuses. Estavam longe de Sião, e o templo de Salomão e a cidade de Jerusalém estavam destruídos. Todos os objetos religiosos haviam sido tirado de diante de seus olhos.
Eles precisavam aprender a adorar a Yaveh – Deus, e a estudar a Torah em uma terra distante, sem visualizar templo, altares, ou arca da aliança…
Eles tiveram que se voltar para Deus, buscando-o na sua essência, adorando-o com o coração e com o entendimento, sem os rituais e liturgia. Foram desafiados a não serem apenas religiosos, mas adoradores do Deus altíssimo.
Quase 600 anos depois Jesus ainda é questionado pela mulher Samaritana, onde era o lugar próprio para adoração – nos montes ou no templo de Jerusalém? Ao que Jesus lhe respondeu: “Mulher, é chegada a hora, que nem nos montes, nem em Jerusalém… mas o Pai procuram verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade.” João 4:21-24
. De que depende nosso culto a Deus?
– De uma liturgia que o dirige, ou de um coração que ama?
– De um tempo de bonança, ou também de dor?
Pela bondade e misericórdia do Senhor, aquele povo não perdeu a sua identidade de povo exclusivo de Deus, mesmo longe de sua pátria e de seus símbolos religiosos.
III- Soberania/Propósito:
Nesse tempo em Babilônia, percebemos mais de perto como Deus é soberano sobre todos os reinos da terra, e como Ele intervém, conforme o propósito de sua vontade.
Destacaremos alguns personagens entre o povo de Deus que viveu como cativos em Babilônia, e como através deles, Deus demonstrou seu poder e zelo.
1. Daniel:
– Interpreta sonhos (Daniel 2);
– É salvo por Deus da cova dos leões (Daniel 6);
– Profetiza a tomada do reino de Belssazar pelos persas (Daniel 25-31);
– É amigo e conselheiro do rei Nabucodonosor, e continua no palácio junto aos reis persas Dario e Ciro. (Daniel 1:21)
2. Sadraque, Mesaque, Abede nego
– Não se curvam à estátua de Nabucodonosor, que este mesmo levantou para ser adorada, e são livres da fornalha de fogo, por um anjo. (Daniel 3)
3. Ester:
– Foi escolhida como rainha por Assuero, e foi usada por Deus para que o povo judeu não fosse destruído naquele lugar .(Ester 1 a 10)
No livro de Daniel, cujo cenário é Babilônia, é onde encontramos as mais belas citações bíblicas de louvor e adoração ao Deus soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores:
“ Eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico aos Rei dos céus, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e Ele pode humilhar aos que andam na soberba.” – Daniel 4:37 E, “Bendito o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede nego…não há outro deus que possa salvar como este.” Daniel 3:28-29
Dario: “Que os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque Ele é vivo…seu reino não terá fim. Ele livra, faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi Ele quem livrou Daniel da cova dos leões.”
Daniel: “Seja bendito o nome de Deus, porque dele é a sabedoria e o poder; é Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz!!!!” Daniel 2:20-22.
IV- Confiança/descanso:
Todos estes textos acima, mostram a atuação de Deus nesses anos de cativeiro em Babilônia, com sua soberania, seus propósitos e bondade. Isso deve gerar em nós confiança e descanso.
Ler: Provérbios 16:1, 3,7 e 33
Estes princípios precisam marcar a nossa caminhada de fé:
– Deus corrige seus filhos, mas nunca desiste deles.
– Os seus propósitos para nossa vida nunca são frustrados.
– Há um Deus nos céus que governa A História.
– Há um Deus nos céus que governa a sua história.